segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Delegado vai ouvir policiais militares sobre sumiço de jovem no Gogó da Ema

Delegado vai ouvir policiais militares sobre sumiço de jovem no Gogó da Ema
Isabel Boechat - Extra

Os parentes ainda procuram notícias

RIO - O titular da 30ª DP (Marechal Hermes), José Otílio Bezerra, informou que na segunda-feira começou a investigar como possível homicídio o desaparecimento do estudante Rafael dos Santos Bernardo, de 16 anos. O adolescente não foi visto pela família desde a última sexta-feira, após uma operação do 14º BPM (Bangu) na Favela Gogó da Ema, em Guadalupe, onde ele estaria visitando a namorada. Parentes receberam a informação de que Rafael teria sido morto por policiais.

- Iremos investigar o caso mais profundamente. Faremos todas as diligências: verificar IML, hospitais. Iremos chamar os PMs, tentar encontrar a namorada para prestar depoimento. Mesmo que as informações venham de origens de terceiros, vamos checar a veracidade das denúncias - disse o delegado.

Auto de resistência

Ainda segundo o delegado, na sexta-feira policiais do 14º BPM apresentaram na delegacia um auto de resistência (quando a vítima morre em confronto com policiais):

- Os policiais apresentaram apenas esta vítima e apresentaram um radiotransmissor e uma arma. Um pouco mais tarde, registramos a queima de um onibus e só. Nada que pudesse nos levar ao paradeiro do estudante.

Rafael saiu de casa na manhã do dia 21. Iria apresentar documentos na Escola de Material Bélico, onde participava do Programa Rio Criança Cidadã, do Exército, e, de lá, seguiria para a Escola Estadual São João Batista. No entanto, Rafael faltou aos compromissos para encontrar a namorada, que se chamaria Suelen. Nem a família nem os amigos de Rafael a conhecem. (veja vídeo com a família falando sobre o desaparecimento)

O pai de Rafael, Zilmar de Souza, de 44 anos, e a tia do estudante, Ilda Bernardo da Silva, de 40, foram na manhã desta segunda-feira aos IMLs de Nova Iguaçu e Caxias, em mais uma tentativa de achar o corpo do adolescente. Saíram cinco minutos depois, sem respostas.

- Se encontrássemos, pelo menos, o corpo dele iríamos ficar mais conformados, por conseguir fazer um enterro. Mas essa história não acaba com o enterro do meu sobrinho: vamos até o fim - afirmou a tia do estudante.

Extra Online

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