sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Polícia procura 3 suspeitos de integrar quadrilha de sequestradores no Rio

Segundo a polícia, outros 15 suspeitos já estão presos.
André Francavilla Luz foi morto após ser sequestrado em 2004.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV

 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou, nesta sexta-feira (28), que procura três suspeitos de integrar uma das mais violentas quadrilhas de sequestradores que agia no estado. Segundo a polícia, outros 15 suspeitos de envolvimento com o grupo já estão presos.

A quadrilha é suspeita de envolvimento no sequestro do jovem André Francavilla Luz, em 2004. O rapaz, na época com 26 anos, foi rendido por criminosos na porta da empresa da família, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

De acordo com a polícia, o empresário Sérgio Pacheco, pai de André, fez tudo o que os sequestradores mandaram, mas a quadrilha ficou com o dinheiro pago pelo resgate e mataram o rapaz. André ficou num terreno abandonado ao lado da Favela de Vigário Geral. O corpo só foi encontrado 142 dias depois do crime.

O chefe do grupo, segundo a polícia, seria Roberto Célio Lopes, o Bertinho de Vigário Geral, suspeito de comandar uma quadrilha de sequestro no estado. Outro envolvido era ex-funcionário da empresa de Sérgio Pacheco.

Reencontro

Depois de cinco anos do crime, o pai de André se emociona ao reencontrar o investigador que ajudou a resolver o caso na delegacia. Sérgio Pacheco fala com investigadores do caso – que se tornaram amigos da família – pelo menos uma vez por mês. Para ele, apesar do fim trágico, a polícia trabalhou bem.

“Ficou uma amizade, um negócio muito estreito, muito bonito e muito espontâneo, da parte minha, da minha família”, disse o pai, que espera ver todos os suspeitos presos: “Acho que seria uma justiça completa. Eu quero dizer, já está condenada. O tempo eu acho que é o melhor remédio, ele não vai tirar nunca de mim o que eu sinto pelo meu filho”, completou.

Suspeitos já foram identificados

Ainda de acordo com a polícia, os 19 suspeitos de envolvimento no crime já foram identificados. As prisões começaram cinco meses depois do sequestro. Julgados e condenados, 15 estão na cadeia, inclusive Bertinho, cumprindo apenas que chegam a 41 anos de prisão. Apenas um foi absolvido.

“A polícia é capacitada, a polícia tem condições de fazer. Agora, é necessária a contraparte que ele nos deu que a família acredite no caso do sequestro, a familia acredite na polícia, isso é fundamental”, declarou o inspetor Jorge Gerhard.

O atual delegado da Divisão Antisequestro (DAS) Marcos Reimão garante que a polícia permanece em busca dos criminosos. Segundo a polícia, os suspeitos foram identificados como Edson Luiz Lins da Cunha, o Playboy, Antonio da Costa Nicolau Filho, o Piloto, e Adriana dos Santos Guimarães, a Magrinha.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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