Juiz aguarda cópia de Inquérito Policial Militar e de CDs do processo.
Medida, diz magistrado, visa garantir amplo direito de defesa dos réus.
Alícia Uchôa Do G1, no Rio
Patrícia desapareceu em 14 de junho de 2008 (Foto: Reprodução / Ag. O Globo)
A Justiça do Rio adiou a primeira audiência do caso da engenheira desaparecida, que estava marcada para esta sexta (14), às 13h, Fórum da Capital. Quatro policiais militares são acusados de envolvimento no sumiço de Patrícia Amieiro Franco, em junho do ano passado.
No despacho de quinta-feira (13), o juiz Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro, da 1ª Vara Criminal do Rio, informa que uma nova data só será marcada depois que forem providenciadas cópias de CDs com informações do processo, além da cópia do Inquérito Policial Militar, “com a finalidade de resguardar a ampla defesa dos réus”.
Na primeira audiência, advogados e testemunhas de ambas as partes prestarão depoimentos.
Os policiais estão presos sob a acusação de terem atirado no carro da vítima e, em seguida, ocultado o cadáver.
Reviravolta
Nos últimos dias, o surgimento de supostas novas testemunhas sobre o caso foi noticiado pela imprensa. Mas os relatos têm sido vistos com reserva pelos investigadores, porque foram tomados por colegas do mesmo batalhão dos policiais indiciados.
O Ministério Públicou já cobrou explicações da PM sobre o caso.
Um dos depoimentos afirma que a queda do carro da jovem no Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, foi apenas um acidente. Outra testemunha teria afirmado que Patrícia teria sido morta na Rocinha, onde a polícia realizou uma grande operação no último dia 7.
O pai de Patrícia, Celso Franco, espera que muitas dúvidas sejam esclarecidas durante a audiência.
"Essas testemunhas, que surgiram um ano depois do desaparecimento da minha filha, sem que ninguém saiba de onde, estão prestando depoimentos, no mínimo, duvidosos", disse.
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