sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cesec dá prêmio a oito ações de policiais do Rio

Polícia Cidadã

O Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes divulga daqui a pouco, às 10h,  a lista com as oitos ações de policiais civis e miltares do estado que vão receber, no dia 14 de setembro, o Prêmio Polícia Cidadã. Outras três ações receberam menção honrosa.

Nesta primeira edição, 183 projetos foram inscritos. Os vencedores receberão prêmios de R$ 5 mil a R$ 20 mil (grupos de quatro ou mais inscritos), pagos pela Fundação Ford. O "Extra" antecipa o resultado para você. Veja abaixo a relação dos ganhadores e um resumo da organização sobre as ações contempladas:

PRÊMIO POLÍCIA CIDADÃ RIO DE JANEIRO
Vencedores da edição 2008/2009

1. Policiamento Comunitário na Favela Tavares Bastos:
Major Arnaldo Vargas Duarte

Um major do Bope acredita que é o policiamento comunitário que pode aproximar os moradores do batalhão. Há quase nove anos ele lidera ações de integração entre polícia e comunidade na Favela Tavares Bastos, no Catete. Para melhorar a convivência entre policiais e moradores foram criados projetos que atendem os cidadãos dentro e fora do batalhão. Parcerias como Petrobrás, Escola de Vôlei do Bernardinho, e o projeto Suderj em Forma também foram feitas. As melhores condições de segurança passaram a atrair interesses em filmar novelas e filmes.

2. Curso de Aprimoramento da Prática Policial Cidadã Capitã Marcilene, Francisco Robson Gonçalves da Costa, Antonio Carlos Rodrigues, Orlando Alves de Souza, Wanderley Rodrigues, Carlos Augusto Moreira Jardim, Marco Antonio Victor da Costa, Luiz Lima de Souza, José Ruy da Costa, Walter Duarte Nepomuceno Filho, José Carlos Demétrio Sampaio, Luiz Antonio Mendes de Oliveira, Luciano dos Anjos Matos, Eduardo José da Silva, Luiz Marcelo Santos Russo, Geraldo de Almeida Carneiro, Carlos Fernandes, Antonio Euclides da Silva, Luiz Claudio Machado Moraes, Jefferson Paes Barreto, Rosangela Santos de Oliveira e Renato Alves Coutinho

Ano após ano, enfrentando altos e baixos, 21 sargentos continuaram acreditando que a capacitação dos policiais militares pelos próprios policiais, apoiada nas experiências do dia a dia, poderia contribuir para humanizar e aperfeiçoar a tropa. A parceria pioneira do Viva Rio com a PM, iniciada em 2002, baseia-se na idéia de combate à criminalidade via policiamento comunitário. O curso já formou aproximadamente 11 mil policiais. Espera formar 16 mil em 2009.

3. Policiamento Comunitário no Morro do Cavalão, em Niterói: 
Capitão Felipe Gonçalves Romeu, sargento Júlio Bastos Carvalho, tenente Diogo Ribeiro de Souza e cabo Alexander de Assis Monteiro

Atuando por um longo período na comunidade conhecida como Morro do Cavalão, de Niterói, a equipe chefiada pelo Capitão Romeu conseguiu produzir um impacto positivo neste território antes marcado pelo domínio de traficantes. Ao basear a ação do policiamento comunitário nos princípios da legalidade e dos direitos, a criminalidade e a violência foram reduzidas, melhorando a qualidade de vida de moradores e dos próprios policiais. Atualmente, o capitão Romeu lidera a implantação do programa de Policiamento Comunitário na Cidade de Deus.

4. Uso de cães como ferramenta para a resolução de ocorrências críticas:
Capitão Vitor Batista do Valle, 2º Sargento Odimar Santos Ribeiro, cabo Fábio Passos Zomer de Oliveira e soldado Marcelo Reis Belém

O uso de cães comprovadamente diminui os riscos para os sujeitos envolvidos e a letalidade das ações policiais. A eficiência do treinamento dos cães e do trabalho dos policiais pôde ser verificada na ocasião em que houve o sequestro de um ônibus no ano de 2006. Quarenta e dois passageiros ficaram sob o domínio de um sequestrador que queria se vingar de uma mulher. Depois da libertação de onze reféns, com a ajuda dos cães treinados, policiais entraram no veículo, libertando todos os outros e prendendo o sequestrador. Todas as vidas foram preservadas.

5. Sistema virtual de contato contínuo com vítimas e testemunhas da Delegacia Especial de Atndimento ao Turismo (Deat) :
Inspetor Diogo Soares Deleuze Raymundo e inspetor Marcos Santos Pereira de Oliveira

Para evitar que a investigação de crimes contra turistas ficasse paralisada, dois inspetores criaram um sistema simples de comunicação permanente com as vítimas através de emails. As investigações podem continuar e os criminosos podem ser presos. 

6. Corregedoria mais produtiva, Polícia Civil (capital e Baixada Fluminense): 
Delegado Marcelo Fernandes Rodrigues

Ao encontrar problemas no quadro de profissionais e na distribuição de procedimentos, um delegado reorganizou a lógica do trabalho, mudou pessoal de função e estabeleceu metas. Houve rápido aumento das apurações, das punições, da quantidade de denúncias oferecidas ao Ministério Público e a instauração de processos administrativos disciplinares.

7. Choque de gestão, trabalho em equipe e redução da criminalidade em área de grande diversidade social (Jardim Botânico, Gávea, Rocinha e São Conrado):
Delegada Barbara Lomba Bueno, oficial de cartório Reinaldo Render Leal, comissário Alexandre Estelita dos Santos e inspetora Mônica Alves Dias

Para enfrentar a ocorrência constante de determinados crimes, uma equipe estabeleceu dois focos: gerencial-estratégico e outro de caráter operacional. No plano gerencial, houve mudanças radicais na formação da equipe e na produção de resultados. No operacional, o foco recaiu sobre os crimes de maior incidência, na identificação das prioridades e no registro das operações. As ações produziram desarticulação de quadrilhas e melhora na relação com a comunidade.

8. Carceragem Cidadã:
Delegado Orlando Zaccone Delia Filho, inspetor Carlos Alberto Martins Alvarenga, inspetora Fátima Cristina dos Santos e Silva e investigador Julio Cesar Pereira de Oliveira

Designado em 2007 para comandar a 52ª DP (Nova Iguaçu), uma das unidades da Polícia Civil que têm carceragem, o delegado Orlando Zaccone e sua equipe implementaram o Projeto Carceragem Cidadã. O objetivo era adequar o ambiente insalubre e violento a um padrão compatível com as diretrizes legais, diminuindo os conflitos e abrindo o local para a parceria com os outros órgãos do sistema legal (Defensoria Pública, Ministério Público, etc) e com a sociedade civil (ONGs, universidades, OAB). A erradicação dos conflitos na unidade é um dos indicadores do sucesso da iniciativa. Outros são a inauguração da biblioteca, a criação de uma escola municipal, o mutirão da saúde, o apoio psicológico e o estabelecimento do direito de voto para os presos provisórios dentro da carceragem. A ação deve ser considerada um modelo a ser seguido por outras carceragens não só no estado, mas também no país.

Menções Honrosas:


Projetos com destaque e mérito para vencer, mas que ainda não foram plenamente desenvolvidos

1. Escola Segura: Papo de Responsa
Inspetor Roberto Chaves de Almeida, oficial de cartório Fábio Erick Alves Monteiro e delegada Patrícia Alemany

Policiais e jovens do AfroReggae vão às escolas e às comunidades conversar sobre suas experiências na polícia e no mundo do crime. Em vez de tentar convencer os jovens sobre o que é certo ou errado, eles falam sobre problemas da vida, ouvem opiniões e estabelecem laços de confiança. O “Papo de Responsa” é uma ação do projeto Escola Segura, ainda em implantação.

2. Batalhão Cidadão:
Delegada Jéssica Oliveira de Almeida, 2º sargento Dimas dos Santos Silva, 1º sargento Márcia Serpa Arantes e 2º sargento Célia Maria dos Santos Souza

Ação da Cidadania dentro de batalhões de polícia em áreas conflagradas? Isto é possível? Uma equipe mista, reunindo as polícias Militar e Civil, provou que é. Levaram ações da cidadania ao 16º BPM (Olaria), ao 14º (Bangu) e ao 22º (Maré). Milhares de moradores entraram nos batalhões, numa demonstração de que é possível aproximar a Polícia Militar das comunidades, e que muito ainda pode ser feito.

3. O 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Nova Friburgo:
Tenente-coronel Robson da Silva Santos

O batalhão de Friburgo teve cinco ações incluídas na fase final do prêmio. Juntas, elas dão destaque à unidade, que prova que criatividade, abertura e integração com atores locais pode resultar num batalhão mais eficiente. E que não é preciso estar na capital para apresentar uma polícia ágil e moderna.

Caso de Polícia - Extra Online

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