Aumento de salário
A gratificação de R$ 350 somente para os policiais militares que estiverem aptos para o trabalho, anunciada pelo comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte, deixou muita gente insatisfeita, principalmente PMs inativos ou servidores com algum problema de saúde que os impeça de exercer a função policial.
— Esse é um estudo de medidas que tem por objetivo estimular a presença policial nas ruas do estado, a capacidade profissional e a busca individual da melhoria das condições físicas e de saúde do policial — esclareceu o comandante da PM.
A proposta, caso seja aprovada pelo governador Sérgio Cabral, pode aumentar, e muito, o número de PMs em condição de exercer a função de policial. Segundo o setor de relações-públicas da corporação, hoje cerca de 640 policiais estão afastados do serviço para tratamento da saúde. Outros 3,3 mil PMs estão incapacitados parcialmente para o trabalho, ficando fora do policiamento ostensivo.
A gratificação está inserida no Programa de Prevenção do Delito por Capacidade ou Atividade Plena da Polícia Militar. Segundo o coronel Mário Sérgio Duarte, por ser um programa operacional, não há como enquadrar os inativos e pensionistas. O setor de relações-públicas da PM esclareceu, ainda, que os policiais que trabalham no serviço interno, como restaurante e administração também serão beneficiados com o aumento. Já os PMs cedidos a outros órgãos não farão jus à gratificação.
O presidente da Associação dos Ativos e Inativos da Polícia Militar (Assinap), Miguel Cordeiro, considerou absurda a proposta do comandante-geral da PM. Cordeiro criticou a política de segurança pública do Rio. Segundo ele, além de pagar baixos salários, o governo do estado não dá um tratamento digno aos integrantes da corporação.
_A Polícia Militar paga ao seu policial o menor salário do país. Além disso, não existe um programa de segurança pública. Não há critério. A tropa está desmotivada. Não tem armas e não há manutenção do armamento e veículos _ disse Cordeiro.
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