denúncia de extorsão
Além de dois fuzis e de uma quantidade de ouro, o traficante William Rodrigues Vieira, o Robocop, de 34 anos, apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas do Morro do Borel, na Tijuca, teria perdido R$ 50 mil em uma suposta extorsão cometida por policiais do 6º BPM (Tijuca), no domingo. Um inquérito foi instaurado na 19ª DP (Tijuca) para apurar se Robocop falou a verdade quando afirmou ter sido achacado pelos policiais que o prenderam, numa casa no Borel. Logo depois, ele foi conduzido à 17ª DP (São Cristóvão), que era a central de flagrantes.
Segundo fontes da polícia, uma escuta teria começado a interceptar a negociação dos policiais com Robocop por volta das 13h. Advogados do bandido confirmam que, ao meio-dia, ele já havia sido encontrado pelos policiais.
As escutas comprovariam que William Robocop foi mantido em cárcere privado durante sete horas. Na gravação, os policiais chegariam a falar sobre a presença de agentes da Polícia Civil no morro. Nesse momento, eles levam o traficante para dentro da mata. Há ainda informações de que um Corolla preto já estaria na Rua São Miguel, na entrada do Borel, aguardando para pegar os fuzis, o ouro e a quantia em dinheiro tomados de Robocop.
No depoimento prestado na 19ª DP, os policiais disseram ter entrado no morro por volta das 9h de domingo. O objetivo do tenente que comandava a equipe e de mais oito praças era dar auxílio ao carro blindado da unidade, que estava enguiçado no alto do morro.
Os PMs disseram que somente às 14h50m conseguiram consertar o carro blindado. Eles teriam permanecido no morro porque tinham a informação de que William Robocop estava escondido no local. O tenente afirmou que, por volta de 15h20m, eles invadiram a casa e prenderam o traficante.
Em nota, a assessoria de imprensa da PM diz que o comandante do 6º BPM, coronel Fernando Príncipe, monitorou a operação, que começou ainda na noite de sábado. A nota esclarece ainda que o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, fez contato com Príncipe para saber detalhes da ocorrência. A assessoria diz também que, após a prisão de Robocop, uma operação foi deflagrada para apreender armas e drogas no Borel, com a finalidade de fornecer mais provas para a prisão.
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