quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Traficante recorre ao 'SAC' para devolver armas compradas de contrabandista

POR MARCELO BASTOS, RIO DE JANEIRO

Rio - Agentes da Polícia Federal (PF) da delegacia de Foz do Iguaçu (PR) prenderam, na noite de terça-feira, um homem que transportava dois fuzis em uma estrada da cidade de Santa Terezinha do Itaipu. A prisão revelou que os traficantes mantêm uma espécie de ‘Serviço de Atendimento ao Cliente’, já que, segundo a PF, os fuzis seriam devolvidos para o vendedor, no Paraguai, por um traficante do Rio que não ficou satisfeito com a mercadoria.
A prisão em flagrante do homem de 53 anos, que não teve o nome divulgado, aconteceu durante uma blitz da PF, que tinha como base um posto da Polícia Rodoviária Federal na BR-277, que liga Foz do Iguaçu ao restante do País.
Segundo o delegado Cléo Mazzotti, assim que foi abordado, o motorista ficou muito nervoso. Durante a revista do veículo, foram encontrados dois fuzis, calibre 7.62, no banco de trás enrolados em sacos plásticos e quatro carrgadores com munição.
“São armas que não têm um padrão. Cada peça é de um tipo de armamento diferente. É um fuzil montado”, explicou Mazzotti.
O preso, que foi autuado por contrabando internacional de armas, contou aos policiais que recebeu R$ 500 para pegar o armamento em Campo Mourão, a 350 km de Foz do Iguaçu, e o levaria para o vendedor, um traficante morador de Ciudad Del Este, no Paraguai. O dinheiro foi apreendido com o criminoso, mas a versão não convenceu os policiais.
“Acreditamos que ele tenha ido até o Rio levar e agora está devolvendo, possivelmente por algum problema nas armas que não sabemos qual é. Pode ser que não funcione bem ou que o armamento montado não tenha agradado”, disse o delegado.
Mazzoti disse ainda que não foi possível identificar o traficante do Rio que comprou o armamento e nem para que local da cidade ele foi levado, já que o preso insiste em dizer que não sabe e que apenas foi a Campo Mourão, onde o bandido carioca teria levado as armas.
“Ele nega e não diz nada a respeito, mas estamos investigando”, disse o delegado.
Marzzoti explicou que as operações são rotina na região, já que é rota para o tráfico de armas e drogas, além de contrabando de todo tipo de produto. Desde maio, as apreensões aumentaram em rodovias federais do Paraná. Isso porque, em 2.400 km de estradas, agentes da Polícia Rodoviária Federal retomaram o patrulhamento, antes feito pela PM do estado.

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