Suspeita de desvio para narcotraficantes é investigada pelo Exército em inquérito policial
POR MAHOMED SAIGG
Rio - O terremoto que devastou o Haiti no início do ano abalou as estruturas da Força de Paz da ONU, que ocupa o País desde 2004. Aproveitando-se da ausência de grande parte do efetivo do Batalhão Brasileiro — que estava nas ruas prestando socorro às vítimas da tragédia —, militares teriam desviado armas e munições do quartel.
O governo brasileiro confirma o desaparecimento de armas e a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso.
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Enquanto o resultado do IPM não é divulgado, circula na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do País (Minustah) a informação de que o armamento desviado teria sido vendido a narcotraficantes de países da América do Sul, como Colômbia, Venezuela e Bolívia. Entre os suspeitos, estariam praças temporários, entre eles um sargento.
A Procuradoria de Justiça Militar, em Brasília, designou um de seus membros para acompanhar o IPM sobre o desvio. No início do mês, a mesma procuradoria mandou instaurar procedimento para investigar as denúncias de O DIA, de que jipes e caminhões desviados do Exército estavam sendo negociados em ferros-velhos da Região Metropolitana do Rio.
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