quinta-feira, 11 de março de 2010

PMs são suspeitos de cobrar propina de motorista para evitar blitz da Lei Seca

Major da PM pediu encaminhamento dos policiais suspeitos à 21ª DP.
Os PMs, do Batalhão de Polícia Rodoviária, estão afastados.

Bernardo Tabak Do G1, no Rio

 

Três policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) são suspeitos de cobrar propina de um motorista na noite de quarta-feira (10), na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Segundo denúncia, os policiais, que estavam a cerca de 300 metros de uma Operação Lei Seca, cobraram R$ 300 ao motorista para permitir que ele escapasse do teste do bafômetro por um desvio.

A denúncia feita pelo motorista à 21ª DP (Bonsucesso) foi confirmada pela Polícia Militar e pelo subsecretário estadual de Governo, Carlos Alberto Lopes, coordenador da Operação Lei Seca. Segundo Lopes, os PMs não faziam parte do planejamento da megaoperação realizada na Avenida Brasil.

“O major Marco Andrade, que também é da PM e faz a supervisão das operações Lei Seca, fazia uma verificação de como estava a fluidez do trânsito, e arguiu os policiais. O major disse: ‘Vocês não têm que estar aqui porque não fazem parte do nosso policiamento’”, contou Lopes.

O subsecretário disse que havia um motorista com os PMs, que foi levado pelo major para a blitz da Operação Lei Seca. Segundo Lopes, ao chegar na blitz, esse motorista afirmou que os PMs do BPRv tinham lhe pedido R$ 300. De acordo com informações do RJTV, os PMs pegavam dinheiro dos motoristas para deixar que escapassem do bafômetro por um desvio na Avenida Brasil.

PMs suspeitos, major e motorista depõem na 21ª DP

O major Marco Andrade solicitou ao comando do BPRv que os PMs suspeitos fossem encaminhados até a delegacia. Os policiais, o major e o motorista prestaram depoimento na 21ª DP (Bonsucesso), onde o caso está registrado.

A assessoria de imprensa da PM informou que o comando do BPRv tomou conhecimento e está apurando o fato. E que, caso sejam constatadas as denúncias contra os PMs, eles serão responsabilizados conforme a lei.

A PM informou, ainda, que os policiais militares envolvidos foram afastados da atividade operacional, enquanto aguardam a conclusão da apuração.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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