um quartel acuado
Paulo Carvalho
A cerca do tipo concertina instalada em volta do muro do 16º BPM (Olaria) — novidade que não agradou os moradores do bairro — pode ser apenas o começo de uma estratégia que o comando da PM pretende adotar.
A corporação estuda ampliar o projeto com colocação das cercas em outras unidades, principalmente nas áreas consideradas de risco. O comando da PM vem usando como exemplo alguns quartéis do Exército onde as barreiras de segurança, com a utilização das concertinas, já estão sendo feitas há algum tempo.
— Com isso vamos utilizar menos efetivo na segurança interna dessas unidades, liberando mais homens para trabalharem nas ruas — explicou o comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte.
Além das cercas, um outro projeto deverá ser reimplantado: o da utilização de câmeras dentro dos quartéis. O programa chegou a ser testado no 22º BPM (Maré), assim que a unidade foi transferida para o Complexo da Maré. Por uma questão de custo de implantação e manutenção, ele acabou não sendo levado adiante.
— É uma questão que queremos colocar em prática — analisou Mário Sérgio.
Todas as cercas terão que vir, obrigatoriamente, identificadas por avisos de que oferecem riscos de corte. Policiais lotados no quartel admitem que a cerca pode vir a ser eletrificada. Alguns fios indicam a possibilidade. A idéia de eletrificar a cerca, entretanto, foi negada pelo comando da corporação.
A decisão de colocar cercas em volta do 16º BPM (Olaria) assustou os moradores da região. Assustados com a violência imposta por bandidos, muitos se sentiram desprotegidos com a decisão adotada pela Polícia Militar.
Comandante da unidade, o tenente-coronel Antonio Jorge Gonçalves, disse que a decisão de cercar o quartel era uma medida adotada para proteger o patrimônio. Segundo ele, o número de armas é grande, o efetivo de homens é diminuído durante a noite, se fazendo necessária as medidas de segurança adotadas.
A rua do quartel também é fechada nos finais de semana.
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