quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Justiça revoga prisão de PMs suspeitos de desaparecimento de engenheira

Juiz afirma que não há motivos para manter réus presos.
Policias vão responder ao processo em liberdade.

Do G1, no Rio

Foto: (Foto: Reprodução/Ag. O Globo)

Patrícia está desaparecida desde junho do ano passado, depois de um acidente com seu carro (Foto: (Foto: Reprodução/Ag. O Globo)

A Justiça revogou no fim da tarde desta quarta-feira (16) a prisão dos quatro policiais militares acusados de envolvimento no desaparecimento da engenheira Patrícia Amieiro Franco.

A engenheira está desaparecida desde junho de 2008, depois de um acidente com seu carro, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O veículo de Patrícia foi encontrado com o vidro traseiro quebrado, o porta-malas aberto, o cinto de segurança afivelado e sem vestígios de sangue.

O juiz Fábio Uchôa, do 1º Tribunal do Júri da capital, afirmou que não há motivos para manter presos os policiais  Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santo. Eles vão responder ao processo em liberdade.

Duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual foram ouvidas: o pai da engenheira, Antonio Celso de Franco, e o flanelinha Thiago Affonso Ferreira.

Durante o depoimento, o guardador de carros afirmou que estava em um ponto de ônibus na favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul da cidade, no dia do incidente, quando viu o carro da engenheira ser abordado por dois suspeitos. Ele disse ainda que teria reconhecido Patrícia porque ela frequentaria o mesmo ponto que ele na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Pai diz que recebeu ligação de suposto sequestrador

Thiago contou ainda que foi a um luau próximo ao local do acidente e, após alguns minutos, teria visto um automóvel igual ao da engenheira cair pelo barranco do outro lado da lagoa. Ele disse que foi com um amigo até o local e que não haveria ninguém dentro do carro.

Já em seu depoimento, o pai da engenheira, Antonio Celso, afirmou que sua filha não tinha envolvimento com drogas. Ele também disse que, duas semanas depois do desaparecimento de sua filha, recebeu uma ligação de alguém que dizia ter sequestrado Patrícia.

Segundo Antonio Celso, ele instalou um identificador de chamadas em seu telefone e, quando ligaram novamente, anotou o número e passou para as autoridades policiais.

Após investigação, no entanto, teria sido descartada a possibilidade de sequestro.

A continuação da audiência foi marcada para o dia 30 de setembro, às 13h. Nesse dia serão ouvidas as testemunhas de defesa do primeiro réu, o policial militar Willian Luis do Nascimento.

Ainda não foi marcada a data para o depoimento das testemunhas de defesa dos outros réus.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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