Dedo fora do gatilho
Dois homens que estão do mesmo lado, mas na última terça-feira ficaram em trincheiras opostas durante o protesto de professores na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj).
O EXTRA promoveu ontem um encontro entre o professor Rodrigo Coutinho Andrade, de 27 anos, e o soldado da Polícia Militar Haller Monken, um ano mais novo.
O aperto de mão aconteceu de forma fria, mas depois de uma conversa eles chegaram à mesma conclusão. De que ambos são servidores estaduais, estão do mesmo lado:
- Na hora deu medo. Quem aponta uma arma pode atirar, mesmo que por acidente. Mas a verdade é que eu e ele temos o mesmo patrão. Meu salário é tão ruim quanto o dele - disse o professor, que depois ouviu a explicação do soldado, que é lotado no 13º BPM (Praça Tiradentes):
- Tinha que proteger a minha integridade física e a de todos que estavam ali. Eu fiquei no meio da confusão, tentaram tirar meu colete, pegar a minha arma. Não atiraria nos professores, estava com o dedo fora do gatilho - explicou o policial, que em dezembro do ano passado era tratado como herói porque ajudou a salvar um torcedor do Vasco que ameaçava se jogar da marquise no estádio de São Januário.
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