quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Policiais que faziam a segurança do presidente da Cedae são assassinados na Zona Norte

Quatro homens armados teriam feito os disparos. Militares morreram ao lado de carro blindado

POR CHARLES RODRIGUES, RIO DE JANEIRO

Rio - Dois policiais militares que faziam a segurança do presidente da Cedae, Wagner Victer, foram assassinados no fim da noite de terça-feira, em Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio.

João Rodrigues Russo Neto, 55 anos, e José Roberto Santos de Oliveira, de 52 anos, ambos sargentos da PM, foram atingidos por tiros de fuzil. Os seguranças foram baleados ao tentarem reagir a uma suposta tentativa de assalto.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

PM vistoriam carro que foi atacado em tentativa de assalto | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Os militares estavam em um Toyota Corolla preto blindado, quando foram interceptados por um Gol, com quatro homens armados. O Corolla é usado pelo presidente da estatal, que não estava no carro. O crime ocorreu por volta das 22h, na esquina das Ruas São Braz com Conselheiro Agostinho, a poucos metros do Estádio do Engenhão.  

Testemunhas disseram que os dois militares, ao perceberem a chegada dos criminosos, saíram do Toyota e tentaram se esconder atrás de outros veículos, estacionados na Rua São Braz. Após serem baleados, os policiais foram socorridos por uma ambulância do Corpo de Bombeiros, mas morreram após darem entrada no Hospital Salgado Filho, no Méier.

De acordo com a assessoria de imprensa da Cedae, os militares faziam a segurança de Wagner Victer há cerca de 10 anos. A assessoria informou ainda que, minutos antes, os dois policiais haviam deixado Victer em casa e levariam o carro para uma garagem da empresa, na Abolição. As duas pistolas dos seguranças foram levadas pelos bandidos.

'Bandidos chegaram atirando'

No Toyota, que não foi roubado, havia marcas de tiros. O carro foi abandonado, com as duas portas abertas, no meio da rua. Dentro do veículo havia documentos espalhados e um livro evangélico sobre o painel. O trabalho da perícia durou cerca de 2h.

Clientes de um bar, localizado a poucos metros do local do crime, disseram que os criminosos já saíram do Gol fazendo os disparos. "O bandidos chegaram atirando. Foi tudo muito rápido. Não deu nem tempo de fechar as portas do bar", disse um comerciante.

"Esse bairro está cada vez mais violento. Fui assaltado duas vezes em pouco dias. Roubaram meu carro na porta de casa", contou um morador. Após o crime, o comércio fechou as portas e moradores evitaram sair às ruas.         

Gol usado pelos criminosos foi abandonado no Riachuelo 

O Gol, placa DTV-6894, usado pelos criminosos, foi abandonado em uma calçada, na Rua 24 de Maio, altura do número 442, no bairro Riachuelo, Zona Norte. O veículo, que tinha marcas de arrombamento, teria sido roubado pouco antes do crime.

Segundo policiais militares, após abandonarem o Gol, os bandidos teriam roubado um Pegeout 307 cinza e fugido em direção à Favela do Jacarezinho.

Policiais do 3º BPM (Méier) e de outros batalhões foram acionados. Foram realizadas buscas em vários pontos da cidade, mas os bandidos não foram encontrados.

Polícia investiga ação de quadrilha especializada em roubo de carros

O delegado adjunto da 25ª DP (Engenho Novo) Franco Albano, responsável pela central de flagrantes, registrou o caso como latrocínio duplo consumado (tentativa de roubo seguida de duas mortes).

A princípio, ele não acredita na hipótese de um crime encomendado, apesar de o veículo onde estava os policiais não ter sido roubado. "Há indícios de que o crime tenha sido praticado por uma quadrilha de ladrões de carros.

A morte dos policiais foi uma infeliz coincidência. Apesar de não descartar nenhuma hipótese, não acredito em um crime encomendado", ressaltou o delegado.

O DIA ONLINE - RIO

Um comentário:

  1. os bandido que fizeram esse asalto já morreram
    na av leopoldo bulhoes é na av marti luterquing!!!

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