sábado, 12 de setembro de 2009

Mulher furtava empresário para sustentar amante

Paulo Carvalho - Extra

                Flávia Marinho Gomes Cavaliere, advogada acusada de furto contra a sogra, falsa comunicação de crime e golpe do seguro.  Foto: Reprodução

RIO - Tudo parecia normal na vida do casal de empresários. Quinze anos de relação, dois filhos, vida tranquila. Até que, um dia, pequenos furtos começaram a mudar a rotina dos dois. Quando a mulher, a advogada Flávia Marinho Gomes Cavaliere, resolveu registrar uma ocorrência na 16ª DP (Barra da Tijuca), em julho desse ano - dizendo ter sido roubada na saída de uma agência bancária - as desconfianças ficaram ainda maiores.

A história parecia perfeita: no depoimento, ela afirmou que havia passado no condomínio Golden Green, onde a sogra possui um apartamento alugado, para pegar R$ 10 mil do inquilino.

Depois, ao sair de uma agência bancária próxima, ela teria sido distraída por uma mulher no trânsito. Flávia contou que, logo depois, foi rendida por bandidos e levada para a Praia da Reserva. Um deles, segundo ela, estava com uma tesoura, e o outro, com um revólver.

Desconfiança

Flávia disse que os bandidos levaram, além dos R$ 10 mil, sua carteira de motorista, a identidade da OAB, seu aparelho Nextel e o cartão do banco.

Já desconfiando que vinha sendo traído, o marido resolveu investigar o suposto roubo. E pediu ajuda na mesma delegacia. Contratou um detetive particular para vigiar a mulher e resolveu vasculhar suas coisas.

Surpreso, encontrou o chip do Nextel que ela disse ter sido roubado, e todos os seus documentos. O empresário, então, descobriu que, além de estar sendo traído, vinha sendo roubado pela mulher. Flávia estaria repassando o dinheiro para um personal trainner, seu amante.

A polícia conseguiu levantar também que, se valendo do seguro do Nextel, a advogada mentiu ao dizer na empresa que havia sido roubada. A finalidade era conseguir um aparelho novo, dando o golpe do seguro.

Estelionato, furto e falsa comunicação

Por conta de todos os crimes que cometeu, Flávia já está indiciada por falsa comunicação de crime - por ter dito que foi roubada, o que não aconteceu - por furto mediante fraude, já que teria ficado com os R$ 10 mil que deveria ter dado à sogra, e por estelionato, por ter se beneficiado do seguro para adquirir um novo aparelho Nextel.

- Ela premeditou tudo o que fez. É extremamente perigosa. Não deve escapar impune de todos esses crimes - afirma o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto.

No relatório final, que já foi encaminhado ao Ministério Público para ser apreciado por um promotor de Justiça, o delegado frisa que fica claro o fato de que a acusada tem retirado quantias em dinheiro do marido para sustentar o amante.

- Nos depoimentos e nas investigações, fica claro que ela mantinha uma relação extra-conjugal. E vinha usando o marido para arrancar dinheiro e dar para o amante - explica o delegado.

O marido traído estranhou no suposto roubo pelo fato dos bandidos não terem levado as joias da epsosa, que eram valiosas.

A advogada chegou a mentir para os filhos, dizendo que o pai estaria namorando outra pessoa. Na Justiça, afirmou que era agredida pelo empresário. Um oficial de Justiça decidiu pela saída de-le da residência. O empresário está com um tímpano perfurado, provocado por um ta-pa dado por Flávia.

Extra Online

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