quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Professores dão flores a PMs durante manifestação

Após confronto de terça-feira (8), passeata ocorreu sem tumulto.
Categoria é contra parcelamento de gratificação e está em greve.

Daniella Clark Do G1, no Rio

Foto: Daniella Clark/G1

Policial ganhou flores de manifestante (Foto: Daniella Clark/G1)

Professores da rede pública estadual entregaram flores a policiais militares durante a manifestação, na tarde desta quinta-feira (10), na Zona Sul do Rio.

O gesto simbólico ocorreu dois dias depois de um confronto entre PMs e profissionais da categoria, na Assembleia Legislativa, que terminou com pelo menos oito feridos.

“O confronto não é com a PM, é com o governo. Demos flores aos policiais porque eles não são nossos inimigos, nosso inimigo é o governador”, disse a coordenadora do Sindicato estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Vera Nepomucemo.

“Eles apenas cumpriram ordens, são trabalhadores como nós”, disse a professora Dulce Figueira, com 40 anos de magistério e 32 anos no estado.

De acordo com o sindicato, cerca de duas mil pessoas participaram da manifestação desta quinta-feira, que saiu do Largo do Machado em direção ao Palácio Guanabara, ambos na Zona Sul do Rio.

Segundo Vera, os professores tentaram falar com o governador Sérgio Cabral, mas não foram atendidos.
“Demos uma demonstração que a categoria negocia, é flexível. Nossa principal reivindicação é o diálogo, o governo não negociou em momento algum”, disse Vera Nepomuceno.

Assembleia decide se greve será mantida

A manifestação terminou por volta das 15h e o trânsito na região já se normalizou. No fim da tarde, uma assembleia da categoria vai decidir se a greve na rede estadual será mantida.

Foto: Daniella Clark/G1

Professores participam de protesto (Foto: Daniella Clark/G1 )

Uma das principais reivindicações dos professores é em relação ao projeto,

aprovado na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), na terça-feira, que, segundo o sindicato, prevê a incorporação da gratificação conhecida como Nova Escola. Essa incorporação, no entanto, seria parcelada em seis anos.
“É uma vitória porque derrotamos o Nova Escola, queríamos que a gratificação fosse incorporada ao piso. Mas o governo aprovou um parcelamento que é vergonhoso, humilhante”, disse a coordenadora.

Confusão na terça

Na terça-feira (8), mais de dois mil professores e estudantes ocuparam as escadarias do Palácio Tiradentes em manifestação contra regras propostas no projeto Nova Escola.

Do lado de fora da Alerj, policiais militares e servidores entraram em confronto. Segundo o Sepe, oito pessoas ficaram feridas.

Governo promete reunião com sindicato

Em nota diivulgada nesta quinta, o governo do Rio, informou que vai receber o sindicato dos professores em outubro para discutir as reivindicações da categoria.

"O governo do estado do Rio de Janeiro aprovou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) o programa de remuneração aos profissionais da Educação mais ambicioso e consistente dos últimos 30 anos.

Não só com relação à valorização salarial substancial, mas no que diz respeito ao estimulo à especialização profissional com agregação remuneratória.

O secretário de Planejamento, Sérgio Ruy, irá receber o sindicato da categoria no início de outubro. Ele tratará especificamente do Plano de Cargos e Salários para os professores de 40 horas semanais que somam 6.000 profissionais".

G1 > Edição Rio de Janeiro

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