Márcio Reis e Marco Antônio Canosa
Rio - Um cabo do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi morto por outro policial militar, nesta quinta-feira, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.
Um PM do Gepe e um agente penitenciário faziam a segurança de uma van de cigarros quando desconfiaram do PM do Bope. Leslie Luis Pinheiro, de 36 anos, morreu com um tiro no peito.
De acordo com as primeiras informações, o acusado - um cabo da Polícia Militar, lotado no Comando de Policiamento da Baixada - dirigia ao lado de um agente penitenciário aposentado, em um Fiat Palio Weekend prata.
Os dois desconfiaram que estavam sendo seguidos por um Ford EcoSport preto, que vinha logo atrás.
No momento em que o EcoSport parou, o cabo da PM decidiu fazer uma revista no carro que considerava suspeito. Existem duas versões para o homicídio.
Na versão dos atiradores, depois de uma breve discussão, em que todos se identificaram como policiais, o cabo do Bope teria levantado a camisa e tentado pegar a arma.
Um deles atirou e atingiu o peito do cabo do Bope. Na versão dos comerciantes do local, Leslie se identificou como policial para os dois, mas não teve tempo de reagir.
Depois que o cabo foi baleado, os dois acharam a carteira dele com a identificação policial. Os comerciantes afirmam que os acusados chegaram a socorrer Leslie no próprio carro, mas o cabo não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz).
O crime
O crime foi na Rua Silan Cunha Bueno, Urucrânia, em Santa Cruz, onde Leslie morava.
Ele tinha saído de casa para comprar um parafuso. Muitos policiais do Bope e familiares foram até a 36ª DP. Leslie estava na corporação há 11 anos.
Os colegas dizem que a versão dos dois policiais atiradores é mentirosa, pois Leslie sempre usava a pistola atrás da cintura, nunca na frente.
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