quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Policial militar é assassinado com seis tiros ao reagir a assalto em Vila Isabel

Um dos bandidos foi baleado. Mulher do militar testemunhou o crime

POR CHARLES RODRIGUES, RIO DE JANEIRO

Rio - Recém aprovado em um concurso da Petrobras, o policial militar Guilherme Lourenço Caminha, de 32 anos, teve o sonho de ingressar na nova carreira pública interrompido por uma trágedia.

A menos de 30 dias de largar a farda, Guilherme foi assassinado com seis tiros, durante uma suposta tentativa de assalto, no fim da noite de quarta-feira, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

O carro da vítima | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Quatro criminosos, sendo três em um carro e um  em uma motocicleta, teriam participado do crime. Os bandidos abordaram o carro de Guilherme, um Astra, a poucos metros de sua casa, na esquina das Ruas Barão de Cotegipe com Emília Sampaio.
Cercado pelos criminosos, Guilherme foi obrigado a sair do veículo.

Ele foi reconhecido por estar usando a parte de baixo da farda. Os bandidos, então, fizeram onze disparos em direção ao policial, que foi atingido por seis tiros. Ele tentou reagir.

Na troca de tiros, um dos criminosos também foi baleado. A mulher do PM testemunhou o crime. O carro da vítima não foi roubado. O bando conseguiu fugir, levando a pistola do policial.    

O policial militar morreu ao dar entrada no Hospital do Andaraí. Um suspeito de participar da tentantiva de assalto, identificado pela polícia como Moisés Camilo Lucena, de 22 anos, foi preso na sala de emergência do Hospital Souza Aguiar, no Centro, no início da madrugada desta quinta-feira.

Moisés foi reconhecido pela mulher do PM. O taxista que socorreu o suposto bandido e uma mulher foram detidos para averiguação.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

A esposa da vítima, à esquerda, na delegacia | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

"Um rapaz dócil e inteligente"
Lotado no 22º BPM (Maré), o PM Guilherme Lourenço estava contando os dias para largar a farda e ingressar a nova carreira pública.

Segundo amigos, Guilherme era tranquilo e tinha muitos sonhos. "Era um rapaz dócil e inteligente. Infelizmente, teve o sonho interrompido", disse um amigo.

Sob efeito de calmantes, a mulher do policial, uma empresária do ramo de beleza, prestou depoimento na 20ª DP (Vila Isabel), na madrugada desta quarta-feira.

Ela teve que ser amparada por familiares. O casal estava junto há cerca de 5 anos. Guilherme completaria 6 anos na Polícia Militar. O caso foi registrado como latrocínio (tentativa de roubo,seguido de morte).

Policiais do 6º BPM realizaram buscas em diversos pontos da região, mas não conseguiram prender os criminosos.

O DIA ONLINE - RIO

Nenhum comentário:

Postar um comentário