Oficial iria assumir comando de Batalhão Rodoviário.
Subordinado foi ao morro para resgatar carro roubado da mulher do oficial.
Do G1, no Rio
A nomeação do coronel Carlos Henrique Alves de Lima para o comando do Batalhão Rodoviário (BPRv) foi suspensa, por determinação do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, até que sejam concluídas as investigações para elucidar o assassinato do cabo Guttemberg Conceição, de 32 anos, no sábado (27), quando tentava negociar com traficantes a devolução do carro roubado da mulher do oficial.
O coronel havia sido exonerado do comando do 5º BPM (Harmonia) para assumir o novo posto.
Nesta segunda-feira (1º), o coronel Lima foi ouvido informalmente na Corrgedoria Interna da Polícia Militar, mas será marcada uma nova data para que ele preste depoimento oficialmente. Ele vai responder a uma sindicância aberta pela corporação para apurar o caso.
O policial era motorista do coronel Carlos Henrique Alves de Lima. No sábado (27), a mulher do oficial teve o carro roubado em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Ela também teve o telefone celular levado pelos suspeitos. Por esse telefone foi feita a negociação para que o carro fosse devolvido.
Ficou acertado que os suspeitos, traficantes do Morro da Pedreira, em Costa Barros, no subúrbio, iriam devolver o veículo no mesmo dia. Em troca, os suspeitos queriam R$ 2 mil.
O coronel seguiu para a favela com o cabo Guttemberg, que entrou sozinho na comunidade. Pouco tempo depois, o PM foi morto com vários tiros. O carro não foi recuperado.
No domingo (28), policiais militares de vários batalhões fizeram questão de prestar a última homenagem ao cabo Guttemberg.
Parentes dele estavam inconformados e alguns precisaram ser amparados no sepultamento do policial.
O enterro, com honras militares, foi em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
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