POR VANIA CUNHA
Rio - Além de enfrentar a triste realidade das tragédias das chuvas na cidade, moradores de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, são alvo na manhã desta sexta-feira de boatos sobre uma falsa onda de saques no município.
Imagens da tragédia em Teresópolis: município foi o mais atingido pelas chuvas na Região Serrana | Foto: Divulgação
Informações desencontradas sobre um falso arrastão em lojas do centro da cidade geraram pânico entre comerciantes, que fecharam as portas com medo de assaltos.
Por toda a manhã, os estabelecimentos ficaram fechados e as ruas entregues às moscas, com poucas pessoas circulando por causa do medo.
Funcionários das lojas aguardam na calçada a espera de informações sobre uma possível reabertura do comércio para saber se voltam a trabalhar ou se retornam às suas casas.
Na Rodoviária de Teresópolis, a boataria gerou um princípio de confusão e a polícia foi chamada para conter os ânimos da população.
A Polícia Militar informa que a situação está controlada e que não há registros de arrastões ou assaltos a comércios no município.
Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história
Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite de terça-feira a pior catástrofe de sua história e uma das maiores do estado. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro de 2010 em Angra dos Reis e abril, na capital e Niterói.
Em decorrência das fortes chuvas em Teresópolis, o rio subiu rapidamente durante a madrugada, destruindo as casas em sua margem | Foto: Divulgação
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.
Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate.
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