Rio - A prefeitura de Teresópolis, na região serrana do Rio, anunciou neste domingo que os corpos de vítimas da enchente que ainda não foram identificados no Instituto Médico Legal (IML) da cidade serão enterrados imediatamente, com coleta de material genético para uma identificação posterior ao sepultamento.
Segundo a decisão tomada no sábado pelo juiz José Ricardo de Aguiar, as covas em que os corpos forem enterrados devem estar localizadas em área bem definida e identificável, ficando o respectivo cemitério responsável por um arquivo de cada sepultura.
De acordo com a procuradora-geral do município, Ana Cristina da Costa Araújo, todas as covas já providenciadas pela prefeitura de Teresópolis são individuais e estão localizadas em cemitério municipal, entre eles o maior de Teresópolis, Carlinda Berlim. "Garantimos que todos os mortos serão enterrados com dignidade", afirmou.
Em Nova Friburgo, a foto de uma criança entre a lama vermelha que se espalhou pela cidade | Foto: Divulgação
A prefeitura ainda tem 30 corpos a serem reconhecidos e identificados. Duzentos e doze já foram sepultados. A coleta de material genético dos mortos sepultados sem identificação será feita pelo Instituto Médico Legal (IML). Mais de 620 pessoas morreram na região serrana desde a madrugada de quarta-feira.
Na sexta-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Polícia Civil assinaram uma deliberação conjunta de permissão de sepultamentos de corpos sem identificação em Nova Friburgo, outra cidade atingida.
A medida foi providenciada porque os médicos-legistas que trabalham na região não estão dando conta de identificar tantos mortos, que já começam a exalar mau cheiro por falta de refrigeração.
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