Rio - Subiu para 431 o número de mortes provocados pelas chuvas que atingem a Região Serrana do Rio desde a noite de terça-feira. A cidade onde há maior número de óbitos é Nova Friburgo são 199, EmTeresópolis, com 176, Petrópolis, 39, e Sumidouro, 17.
Nesta quinta-feira, a prefeitura de Teresópolis mandou abrir 303 covas no Cemitério Municipal Carlinda Berlim. Segundo o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Luiz Antônio da Costa Jorge, a medida é uma precaução, baseada na estimativa do total de mortos na cidade.
Moradores observam os corpos para tentar identificar as vítimas das chuvas | Foto: Divulgação
A madrugada foi de chuva fraca em Petrópolis e sem registros de deslizamentos ou desabamentos. De manhã, no entanto, a chuva voltou a atingir a região. Os trabalhos de buscas foram retomados às 7h, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Em Teresópolis e Petrópolis, os militares trabalharam sem interrupção. Outros pontos da Região também foram afetados com gravidade. Em São José do Vale do Rio Preto e na localidade do Areal a água subiu muito e causou a destruição de casas e carros.
Em decorrência das fortes chuvas em Teresópolis, o rio subiu rapidamente durante a madrugada, destruindo as casas em sua margem | Foto: Divulgação
Entre as estradas a mais afetada foi a RJ-116. Mesmo liberada, a via ainda tem 20 trechos de queda de barreiras e outros tomados por muita terra e lama.
Dilma chega ao Rio
A presidenta Dilma Rousseff chegou da Região Serrana por volta das 15h e está reunida com o governador Sérgio Cabral, alguns ministros, e o prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio.
A presidenta e sua comitiva vistoriaram, na manhã desta quinta-feira, o trabalho de busca de militares do Corpo de Bombeiros nos destroços de um prédio na Rua Major Augusto Marques Braga, no Centro de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. A construção desabou na noite de terça-feira.
Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história
Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite de terça-feira a pior catástrofe de sua história e uma das maiores do estado. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro de 2010 em Angra dos Reis e abril, na capital e Niterói.
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.
Foto: EFE
Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate.
Nenhum comentário:
Postar um comentário