terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sobe para 696 mortos o número de mortos na Região Serrana

O município de Petrópolis está em estado de alerta. Em Nova Friburgo a chuva voltou a cair nesta tarde

Rio - O drama na Região Serrana do Rio aumenta com o crescente número de mortos devido às fortes chuvas que atingem a região desde a última terça-feira.

O balanço oficial da Polícia Civil, atualizado às 17h45 desta terça-feira, registra 696 vítimas fatais. Foram contabilizados:

280 mortos em Teresópolis,

334 em Nova Friburgo,

um em Bom Jardim,

58 em Itaipava (Petrópolis),

19 em Sumidouro

04 em São José do Vale do Rio Preto.

Foto: Divulgação

Em Nova Friburgo, a foto de uma criança entre a lama vermelha que se espalhou pela cidade | Foto: Divulgação

A Defesa Civil de Petrópolis, na Região Serrana, informou, na tarde desta terça-feira, que está em alerta, já que uma forte chuva cai sobre os bairros Bingen, Mosela, e adjacências. Segundo o órgão, algumas ruas já estão começando a ficar alagadas. A Defesa pede que a população evite circular nestas regiões. Também voltou a chover em Nova Friburgo.
FAB

Está prevista para às 22 horas desta terça-feira a chegada de uma aeronave Amazonas C-105, à Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, transportando seis toneladas de donativos. A aeronave pertence ao Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAv) e os donativos foram arrecadados pela Defesa Civil de Campo Grande (MS), de onde partiu a aeronave.

No Rio de Janeiro a carga será embarcada em carretas da Força Aérea Brasileira (FAB) e seguirá para a cidade de Petrópolis, onde será distribuída às vítimas das intempéries na região serrana.

Uma semana após o temporal que devastou a Região Serrana, os municípios mais atingidos ainda possuem locais onde o socorro ainda não chegou, uma vez que transitar de carro por estradas é impossível por conta dos deslizamentos e quedas de barreiras, áreas alagadas e da lama, que em alguns pontos atinge até dez metros de altura. Por conta deste cenário de destruição, helicópteros ainda não conseguiram pousar e os moradores ainda estão sem auxílio.

Em Petrópolis, por exemplo, a prefeitura cita a localidade do Brejal como a mais complicada. Os helicópteros não estão conseguindo pousar por conta da devastação da área. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil tentam chegar à região por terra, mas ainda sem sucesso.

Com o passar dos dias, a esperança de se encontrar pessoas  vivas debaixo dos escombos e da lama é cada vez menor. Informações das equipes de socorro que ajudam no resgate às vítimas dão conta de que centenas de corpos ainda podem estar debaixo da terra e que o número de vítimas fatais pode passar de mil.

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