quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Multidão se reúne para identificar corpos de familiares em Teresópolis

Corpos de vítimas estão sendo levados para delegacia e igreja.
Prefeitura já registrou 130 óbitos na cidade.

Thamine Leta Do G1 RJ, em Teresópolis

Multidão se aglomera na porta do IML de Teresópolis para reconhecer corpos de vítimas da tragédia

Multidão se aglomera na porta do IML de Teresópolis para reconhecer corpos de vítimas da tragédia (Foto: Eloy Costa/G1)

Uma multidão se reúne na noite desta quarta-feira (12) na porta da delegacia de Teresópolis, na Região Metropolitana do Rio, para identificar corpos de familiares que morreram em decorrência da tragédia das chuvas que atingiu a cidade.

De acordo com a prefeitura, inicialmente os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), que fica localizado na própria delegacia. No entanto, com a lotação do lugar, as vítimas fatais precisaram ser levadas para a igreja de Teresópolis.

Na delegacia, os policiais militares chamam pelo alto-falante o nome das vítimas que foram identificadas. Assim, os parentes podem fazer o reconhecimento dos corpos.

Somente entre terça-feira (11) e esta quarta-feira (12), em Teresópolis, a cidade mais atingida pelas chuvas na Região Serrana no Rio, morreram 130 pessoas no que o governo do estado chegou a descrever como a maior tragédia da história da cidade. Em Nova Friburgo, morreram 107 pessoas, de acordo com o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Em Petrópolis, os mortos são vinte, entre eles dois no distrito de Itaipava.

Trabalho de resgate

Oitocentos homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros tentam localizar desaparecidos em Teresópolis. O secretário do Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, classificou a chuva como a "maior catástrofe da história de Teresópolis". “Não foi possível escolher o que ia cair. Casa de rico, casa de pobre. Tudo foi destruído”, disse a empregada doméstica de 27 anos, Fernanda Carvalho.

Em Nova Friburgo, a maior parte das vítimas morava no bairro de Conselheiro Paulino. A chuva forte deixou a cidade sem sinal de telefonia, sem luz e sem transporte nesta quarta (12). À tarde, moradores perambulavam pela cidade cheia de lama sem saber o que fazer. O ginásio de uma escola estadual é usado como necrotério.

Na vizinha Petrópolis, o número de vítimas chega a dezoito pessoas, entre elas um casal de idosos. No distrito de Itaipava, a água atingiu dois metros e meio de altura em alguns pontos da região. Uma escola no distrito abriga 30 famílias desalojadas.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

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